Entrevista com Vera Lúcia Cervi Mattei

Vera, é um prazer finalmente fazer essa entrevista, e quero aproveitar para elogiá-la pela obra no qual fui contemplada por você com um exemplar lindo. Bem-vinda.

A primeira coisa que chama a atenção no livro Arthannya é a capa, segundo o book trailer, e aí já dá para se apaixonar. Mas enfim, a própria história é o grande destaque, claro. De onde surgiu a ideia para esse livro?

A princípio eu queria fazer um romance que destacasse as diferenças entre as pessoas e que reforçasse a ideia de que para o amor nada é impossível. Por outro lado eu não queria que fosse mais uma história sobre anjos, vampiros e lobisomens (apesar de adorar). Então, pensei
em escrever sobre um forte amor envolvendo pessoas de raças diferentes, culturas diferentes e lugares diferentes. A partir daí surgiu Arthannya.


No início tive algumas dificuldades para me acostumar aos nomes diferentes dos personagens, inclusive o Toran...rs. Você inventou todos os nomes dos arthannyanos ou usou alguma referência de outras culturas?

Foram todos inventados, mas pode ser que alguns sejam iguais ou bem parecidos com os nomes usados aqui na Terra. rsrsrs. Devo confessar que minha família me ajudou muito, pois, sempre perguntava a opinião deles. A Bruna (minha filha) se tornou uma especialista em encontrar nomes diferentes. rsrsrs

Impossível não perguntar Vera, já que estamos falando de Arthannya, de outro planeta, você acredita em vida fora da Terra? Foi um fator que tenha contribuído para o processo de criação do livro?

Não sou nenhuma especialista no assunto, muito pelo contrário. Acho até que deveria ler mais sobre isso. E por incrível que pareça, esse ainda é um assunto bem polêmico, causando até um certo desconforto em algumas pessoas. Acredito que a origem desse pavor (além de estarmos falando de algo desconhecido) vem dos filmes e livros que associam os alienígenas com destruição, guerras e invasões. Mas eu nunca pensei dessa forma e respondendo a sua pergunta inicial, sim, eu acredito na existência de outros povos. Acho que seria um grande desperdício todo aquele universo ser habitado por uma única raça.

Arthannya é um romance com ficção também, esse é seu estilo, ou gosta de escrever outros gêneros?


Ainda não me vejo escrevendo livros de terror ou puramente comédia e drama, até porque estou apenas começando minha jornada como escritora. Mas não descarto essa possibilidade, pois, certamente seria um grande desafio para mim. Mas não agora.

Eu sempre gostei de ler romances, sejam esses de ficção ou não e confesso que me encantei ao escrever um. Portanto, o romance sempre será o gênero que mais me identifico. 

Existe algum autor que você admira e que te inspirou a começar a escrever?

Admiro vários autores (nacionais ou não), mas minhas inspirações vêm de toda parte: filmes, livros e acontecimentos do dia a dia. Acho que passei a ler mais ficção depois da Saga Crepúsculo, mas também gosto muito do romantismo de Nicholas Sparks e da ousadia de J.R.Ward.

O livro Arthannya levou muito tempo para ficar pronto, ou você é como aqueles autores que quando começam ultrapassam as 300 páginas com facilidade? Rs.


Acredito que foi por volta de um ano para concluir toda história e mais alguns meses corrigindo e modificando alguns trechos. 

Escrevi Arthannya sem pressa, sem cobranças ou qualquer outro tipo de preocupação. Eu fiz para mim e confesso que, a princípio, não havia nenhum interesse em mostra-lo para as pessoas, quanto mais publicá-lo. 
Foi um hobby que encontrei num momento em que eu precisei brecar um pouco os gastos (principalmente com livros). rsrsrs  
Quando terminei, mostrei apenas a minha mãe e a minha sobrinha que foram unânimes ao concordar que eu deveria registrar e publicar o quanto antes.

Pelo que observei os personagens têm características distintas e personalidade forte. Lúcia por exemplo, é muito cativante, bonita, mas ao mesmo tempo insegura, o que faz com que muitas mulheres se identifiquem...rs. E até mesmo a admirem, pois mesmo sendo deslumbrante não deixa que isso a faça se sentir melhor que ninguém. Houve alguma inspiração na vida real para algum dos personagens?

Na vida real não. Não me inspirei em ninguém. No início eu sabia apenas como Lúcia e Toran tinham que ser e os demais personagens foram sendo formados e lapidados conforme a história seguia.

Também já fiquei sabendo que terá continuação...oba! Novos personagens, novos dilemas e aventuras. O primeiro livro já foi incrível, então conta pra gente, o que podemos esperar do segundo livro, e o que você pode adiantar da história sem revelar muito? Afinal, surpresas são boas também. E tem previsão de quando está publicado?

Eu sempre pensei que essa história daria uma trilogia, sendo esses um dos motivos que não me fizeram aprofundar demais no planeta Arthannya nesse primeiro momento.
No segundo volume vou me prender apenas lá, trazendo maiores informações sobre seus costumes, vivências e tudo mais.
Lúcia e Toran terão que enfrentar alguns conflitos internos como externos. Ela terá que provar o seu valor perante uma raça muito mais evoluída e, principalmente, precisará sobreviver no meio daquele fogo cruzado. Já ele, terá que lidar com algumas verdades que nem sonhava existir, além, de ter que arcar com as mudanças que a vinda de Lúcia causou em Arthannya e em sua vida. É esperar para conferir!
Não há previsão de publicação, mas espero termina-lo ainda esse ano.

Muitos hesitam em perguntar, mas essa infelizmente é a realidade. Qual é sua opinião sobre a aceitação do autor nacional nesse mercado onde os internacionais são a preferência? Você acha que os fatores que contribuem para a desvalorização da literatura nacional é a pouca divulgação no país, ou o próprio preconceito de uma grande parte dos leitores quando o assunto é livro nacional?

Acho que a aceitação do autor nacional vem ocorrendo sim, mas lentamente. Novos autores estão surgindo a cada dia, cheios de criatividade e garra. E precisamos dar crédito a essa nova geração que tanto tem para mostrar. 
Acredito que a desvalorização da literatura nacional é uma mistura dos dois fatores que você citou. Precisamos acabar com esse pre conceito de que tudo que vem de fora é sempre o melhor e ampliar o acesso no que diz respeito as publicações e divulgações para que possamos ser presenteados e envolvidos por ótimas obras literárias. 

Quais ainda são seus projetos para além de Arthannya? Ou seu foco atualmente está somente nessa história. Que aliás, deixa qualquer um super envolvido...rs.

Como estou apenas iniciando minha carreira como escritora, não costumo fazer muitos planos a longo prazo. Prefiro caminhar conforme vejo e sinto a boa receptividade dos leitores frente ao meu trabalho. 
Por enquanto estou engajada apenas na continuação de Arthannya e confesso que tenho um pouco de dificuldade em encontrar tempo para me dedicar mais.
Afinal de contas, conciliar três empregos, dois filhos, um marido além do trabalho de divulgação do primeiro livro com a preparação do segundo não é nada fácil. (Ufa!) rsrsrs 

Vera, obrigada pelo tempo e disposição que reservou para nós. Espero que possamos falar futuramente da continuação do livro, e é claro estou muito ansiosa por ele. Sinta-se à vontade para deixar seu recado para os leitores. Beijos.

Espero que tenha gostado, um abraço.


Eu que agradeço de coração por esta oportunidade, onde pude passar um pouquinho do meu trabalho e também de mim.

Pode ter certeza que você será avisada assim que finalizar essa continuação. rsrsrs
E mais uma vez obrigada por suas palavras, por sua atenção e por seu carinho.
Eu espero que os leitores apreciem essa história pela qual tive o maior prazer em escrever. 
Em Arthannya irão viajar para lugares distantes, irão conhecer pessoas diferentes e irão descobrir que somente os sentimentos fortes e verdadeiros conseguem transpor barreiras. 
Boa leitura!

4 comentários:

  1. Adorei a entrevista Sa!! Adorei a autora!! bjs

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  2. entrevista nota dez, Sabrina vc tbm deveria ser jornalista, pois tu levou a entrevista, como se tivesse lendo o livro p/ nós , gostei muito da autora vera lúcia,pessoa muito simples falando do livro Arthannya, adoraria le-lo e os outros q com certeza vão ser muito bons

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    1. Obrigada Leci, a Vera é uma amor mesmo, fica muito mais fácil fazer uma entrevista assim. Bjs.

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  3. Ola VERA LÙCIA e uma honrar poder falar com vc,não sei nem por onde começar (risos) amei seu livro Stef A Sobrevivente,a cada vez que eu lia queria ler mais e mais. So e triste que a família dela tenha morrido,que dizer apenas sobreviveu o irmão caçula,e cadê o Sieg?
    Bom não sei onde esta ele,fiquei triste por ele não ter ficado do lado dela quando ela volto para Berlim,mas tirando as perdas dela foi emocionante,ela não desistiu de viver ate o fim. Chorei em varias partes pra ser sincera.. Parabéns pelo seu livro gostei muito foi uma honrar ler seu livro espero poder ler mas dos seus livros. bjs

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