Resenha #80 Uma Canção Para a Libélula P.2 - Juliana Daglio





Autor: Juliana Daglio
Editora: Arwen
Páginas: 368
Ano: 2016
Gênero: Sick-lit
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[Nota Pessoal]

Finalmente eu li Uma Canção para a Libélula parte 2!!!
Eu até tive que reler a primeira parte pois faz um tempinho desde que li e queria relembrar todos os detalhes. Claro que me emocionei de novo e me preparei para a parte mais intensa da história que é a segunda parte. Se você não quer tomar spoilers do primeiro, não leia essa resenha, ou se você não se importa, recomendo que dê uma passadinha na resenha do primeiro e depois venha para cá [Resenha Livro 1].
Terminamos o primeiro livro aflitos com a tentativa de suicídio de Vanessa e neste, podemos ver que ela não foi "bem sucedida" no seu intuito. Graças ao homem de gelo Nathan. O cara sempre de cara fechada, mas que neste livro terá um destaque merecido.
Claro, como imaginei, as coisas não vão ser nada fáceis pra Vanessa. Pois para ela, pior do que tentar se matar é fracassar na única tentativa em que teve coragem e ter que encarar tudo de novo. Seus medos, a culpa, tristeza e principalmente sua cruel mãe, Valéria. Mas, parece que algumas coisas mudarão e Valéria não vai ser mais o problema. Talvez ela mesma seja seu maior inimigo.
No início, é difícil aceitar que se tem uma doença sem cura, a depressão. Mas, eu fiquei admirada com a força de Vanessa. E claro que Nathan terá uma parcela nesse desenvolvimento.
Eu não quero falar muitas coisas pra não estragar a leitura. Então vou tentar não dar tanto a spoilers.
A medida que Vanessa se esforça para dar um passo de cada vez, Nathan vai se tornando parte fundamental desse processo e ainda um mistério para ela. E um mistério que ela quer desvendar.



Confesso que eu não imaginava o que havia por trás daquela máscara fria dele. Sabia que havia algo importante, pois Juliana nunca faz um personagem - ainda mais protagonista - sem uma boa bagagem. Então eu fui tendo uma boa expectativa, mas, ainda assim, no final me surpreendi com a história de Nathan. Sabe quando você descobre todas as coisas e depois tudo faz sentido? Todas atitudes do personagem? Foi esse o caso.
Sobre a relação mãe e filha:
Senti falta de mais algumas narrações de Valéria. Pois me peguei, assim como Vanessa, não acreditando em nada que viesse dela. Fiquei no escuro, só tentando imaginar o que se passava na cabeça dessa mulher. E, como já falei diversas vezes, eu não sinto raiva da Valéria, apesar de muitos leitores a odiarem. Eu suspeitava desde o início que a mente perturbada dela tinha algum motivo. Mas, é claro, nada justifica o que ela fez com a filha. E terminei o livro ainda com a sensação de que queria conhecer mais dela, mesmo depois de saber o que tinha pra saber. Ela ainda é um ponto de interrogação pra mim rs.

Algumas vezes, a história ia tomando um rumo em que eu me perguntava, "ah mas porque isso está acontecendo? Não, não tá certo...". E, como sempre, mais pra frente, a autora justificava o porquê daquilo ter acontecido e mais uma parte da historia se desenvolvia a partir daquele ponto. Tudo ali tem um porquê ou é necessário para o gancho que vem nas páginas a seguir.
O final foi perfeito. Não esperava que fosse algo como um Príncipe descendo do cavalo branco e nem o "felizes para sempre", mas, por um momento achei que uma das relações da história poderia ter tido um final mais "esperançoso" digamos assim rs. Isso, somente por que eu acredito (infelizmente ou felizmente) na mudança do ser humano. Mas, a realidade é outra, não é? E fiquei muito satisfeita com o desfecho.





"Há, em nós, os perturbados, esse ímpeto agressivo de fazer as pessoas engolirem o horror do que fazemos, isso antes da culpa tomar conta de tudo novamente."

“Sempre há um quê de poesia na natureza, se você olhar bem e se quiser mesmo ver. Tudo foi arquitetado para conter as respostas que precisamos... Só é preciso olhar de verdade.”

"Ele me tratou como se eu fosse de cristal e me mostrou que eu era de diamante"





Acompanhar a evolução de cada personagem foi um prazer. Transformações, quer boas ou ruins, aconteceram. Máscaras caíram, novas personalidades floresceram. Ou renascerem. Foi incrível!
Foi extremamente difícil não contar mais algum detalhe aqui nesta resenha pra vocês haha. Quero muito conversar com leitores que já tenham lido, e poder despejar tudo que senti rs.
Eu terminei este livro em lágrimas. Mas, lágrimas de emoção, esperança, e paixão. É simplesmente majestoso o momento final do livro. Mágico, poético.
Fica difícil, depois de ler o desfecho da libélula, escolher qual história da Juliana é mais especial rs. Acho que todas! Seguindo a linha do primeiro, este livro também é de uma escrita quase lírica. E esta escrita impecável (na minha opinião) da autora, me conquistou mais uma vez, e outra, e outra...
A Libélula me ensinou sobre mim mesma. Sobre alcançar voos que só poderemos dar sozinhos. Sobre como o perdão pode ser libertador e como o amor pode ser mais ainda.
Se estivermos no abismo, achando que tudo é o fim, e descobrimos dentro de nós uma centelha que seja, de amor próprio, amor a vida, é possível vencer. É possível ser maior que nossa Vilã cinzenta.
Basta você escutar a canção, a canção da vida, até o fim. Ou melhor, não pare de ouvi-la. Seguir o ritmo, fazer sua própria história. Afinal, somos todos libélulas e está na hora de romper o casulo.





PS: Atenção, se você apresenta sinais de depressão, não deixe pra lá, não esconda de si mesmo, procure tratamento com um profissional. Essa doença é séria e tem tirado o sorriso e a vida de muitas libélulas.  #SetembroAmarelo.

2 comentários:

  1. Aii, Sa!! Que linda a sua resenha!! *-*
    Sim, somos todos libélulas!!
    Adorei...

    Beijos.
    Café com Livro

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  2. Sáaa! Obrigada pela resenha e por me dar a oportunidade de ler mais esse livro meu.
    Feliz que tenha gostado do Nathan! <3

    Beijuuus!

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